“Performance é o fracasso da linguagem” foi o conselho que Dan Fishback recebeu quando enfrentava uma discrepância entre as suas colunas antiguerra e os discursos de ódio que prontamente o alvejavam. Durante uma conversa com Marlène Ramírez-Cancio no Instituto Hemisférico—2 semanas após as eleições de 2016—Fishback relata um momento em que ele se pegou rindo do absurdo de ver organizações sionistas tacitamente apoiando o antissemitismo e o seu riso em seguida transformou-se em lágrimas. Ele pensou “Deve haver uma palavra ídiche para isso”. E existe mesmo: “lakhn mit yashtsherkes” (rindo com lagartos). Neste contexto, Fishback discute os seus trabalhos anteriores e a sua pedagogia como ativista e artista, combinando o seu amor pelo jornalismo ativista, pelo rock e pela arte performática.
Biografia
Dan Fishback tem feito teatro e música na cidade de Nova Iorque desde 2003. Como diretor da Helix Queer Performance Network, ele organiza eventos públicos, leciona em oficinas e atua como curador da série anual La MaMa’s Squirts. O seu musical “O mundo material” foi nomeado como uma das dez melhores peças de 2012 pela Time Out New York. Outras obras incluem “thirtynothing” / “trintaenada” (2011) e “You Will Experience Silence” / “Você vai vivenciar o silêncio” (2009). Como cantor-compositor, Fishback já lançou cinco álbuns, tanto solo quanto com a sua banda Cheese On Bread, com quem ele fez turnês pela Europa e América do Norte. Grande parte do seu trabalho é influenciado por temas antiguerra. Ele já recebeu bolsas do Franklin Furnace Fund e da Doris Duke Charitable Foundation, além da bolsa da Six Points para artistas judeus emergentes. Ele foi também artista residente na Kelly Writers House, no Instituto Hemisférico de Performance e Política, no Dixon Place, no MacDowell Colony, no Yaddo, no Kimmel Harding Nelson Center e no BAX/Brooklyn Arts Exchange, que tem sustentado todas as suas principais obras, de uma forma ou de outra, desde 2010.
