Entrevista com Dragonfly (Robin LaVerne Wilson) (2022)

Robin LaVerne Wilson [ela/elx] nasceu em Detroit, Michigan; foi criada em San Antonio, Texas; e tem morado na região metropolitana da cidade de Nova Iorque desde 2003. Ela descende de africanos escravizados que criaram raízes no Alabama e na Geórgia após o fim da primeira guerra civil americana. Ela é a filha da geração X de um médico de combate de carreira do exército americano (Coreia e Vietnam) e uma esposa de militar / dona de casa / faxineira não-doméstica. Os traumas intergeracionais não resolvidos de raça, classe, gênero e sexualidade influenciam o seu trabalho como artista conceitual multidisciplinar. [Dra. Joy Brooke Fairfield (produtora), Sabura Rashid (diretora) e Ak Jansen (figurinista).]

Biografia

Robin LaVerne Wilson (nome artístico DRAGONFLY) discute a sua criação e as influências na sua arte performática numa entrevista com Marcial Godoy. O seu nome artístico deriva do seu pseudônimo no ensino médio Diva Dragonfly e do seu fascínio com a aura pré-histórica da libélula (dragonfly, em inglês). Os seus interesses na narração de monumentos históricos e atuais de figuras históricas conduziu Wilson à performance de rua, para reverenciar heróis pouco conhecidos como Ona Judge. Através da sua obra, Wilson encara as contradições na sociedade americana ao tempo em que argumenta que as injustiças do passado, que levaram os que buscavam a liberdade a fugir, não são diferentes da servidão do capitalismo atual. A sua arte performática de rua combina trilhas sonoras, brincadeiras com o tempo e o uso criativo do espaço para destacar o deslocamento das comunidades de minorias e para reimaginar monumentalizações históricas. Ela discute também o conceito de Black Queer Madness (Loucura Queer Negra) como hiper-sanidade.