Mesas Redondas
Discussões em mesa redonda permitem que acadêmicos, artistas e ativistas políticos juntem-se no engajamento de diversos diálogos a respeito de temas relevantes para si e outros participantes no Encontro.
photo/foto: Marlène Ramírez-Cancio
Expositores: Gonzalo Rabanal, María José Contreras, Rocio Boliver, Xandra Ibarra
Moderadora: Lois Weaver
Biografias
Colectivo CARNAR são: Gonzalo León Rabanal, pai e avô, que se inicia na arte da performance a partir do trabalho "Mal decir la letra”; Valeria León Ibáñez, filha e neta, formada em Artes Visuais; e Bernardo León Gómez (Gonzalo Rabanal), filho e pai, cuja formação é em Comunicação Áudio-Visual e bacharelado em Artes.
María José Contreras Lorenzini é artista performática, diretora do Teatro de Patio e professora da Escola de Teatro da Pontificia Universidad Católica de Chile. Seu trabalho oscila entre a pesquisa acadêmica e a produção artística, estudando e explorando criativamente a relação entre o corpo, a memória e a performance.
Rocio Boliver tem atuado no circuito de arte contemporânea internacional nos últimos 20 anos. Em 1991, iniciou sua carreira no ramo da performance, com a leitura dos seus textos porno-eróticos, enfocando a crítica à repressão feminina. O trabalho desenvolvido por Boliver a posiciona no extremo mais radical da história da Arte do Corpo no México.
Xandra Ibarra (nascida em 1979, El Paso, Texas) é uma artista de vídeo e de performance que vive e trabalha em Oakland, Califórnia. La Chica Boom é um projeto de performance neo-burlesco que ela criou para questionar a representação sexual/racial, as formações queer e a brancura compulsória.
Lois Weaver é uma artista performática, escritora, diretora e ativista. Cofundou o Spiderwoman Theatre, o Split Britches e o WOW Theatre. Diretora de arte do teatro Gay Sweatshop e do coletivo AiR Supply. Alguns experimentos performáticos como interação pública: a Mesa Longa, a Biblioteca de Direitos Performáticos e o FeMUSEum.
Mesa redonda de artistas: artistas de performance
photo/foto: Laura Bluher
Expositores: Grayson Earle, Helene Vosters, Hector Canonge, Eelonora Fabião
Moderadora: Shauna Janssen
Biografias
The Illuminator é um coletivo de arte que emergiu do movimento Occupy Wall Street em Nova Iorque. Munidos de um potente projetor, o grupo oferece apoio aos 99%, projetando mensagens de solidariedade e encenando intervenções políticas na cidade de Nova Iorque e além. Essa “máquina de espetacularização” abre espaços para um novo tipo de discussão.
Helene Vosters and Kim McLeod, artistas-acadêmicas, fazem a sua primeira colaboração criativa. Sua obra aborda diversas questões, incluindo: como pode a performance alterar as nossas relações com o espaço cotidiano? Como o digital expande a nossa compreensão da performance pública e de rua? Como pode a performance destacar pontos cegos em um arquivo?
Hector Canonge é um artista interdisciplinar domiciliado em Nova Iorque. Seu trabalho incorpora o uso de tecnologias de novas mídias, espaços físicos, narrativas cinematográficas e de arte performática para explorar temas relativos à identidade, ao gênero e à política migratória. Sua obra já foi apresentada nas Américas, na Europa e na Ásia.
Eleonora Fabião é performer e teórica da performance. Doutora em Estudos da Peformance pela NYU, é professora do Curso de Direção Teatral e da Pós-Graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Desde 2008, faz performances nas ruas de centros urbanos e, em 2011, recebeu o Prêmio Funarte Artes na Rua.
Shauna Janssen (Ph.D.) é uma curadora independente domiciliada em Montreal. É a fundadora da Urban Occupations Urbaines, uma plataforma curatorial e de pesquisa que envolve artistas, comunidades e o público em respostas criativas e críticas a condições espaciais problemáticas dentro do ambiente urbanizado.
Mesa redonda de artistas: intervenções urbanas
photo/foto: Marlène Ramírez-Cancio
Expositores:Marianne Kim, Katherine Behar, Julio Pantoja
Moderadora: Lorie Novak
Biografias
Disorientalism, uma colaboração entre as artistas asiático-americanas Katherine Behar e Marianne Kim, estuda os efeitos desorientadores da mão de obra tecnologizada, da junk culture e do consumismo. Através de performances, vídeos e projetos fotográficos, Disorientalism explora como a raça, o gênero e o corpo são mediados por essas forças.
Julio Pantoja é fotodocumentalista, jornalista, ativista e docente-pesquisador das Universidades Nacionais de Tucumán e Rosario. Dirige a agência Infoto e a Bienal Argentina de Fotografia Documental. Palestrou em eventos acadêmicos e culturais em países da Europa e América e expôs suas fotografias em mais de 15 países.
Lorie Novak usa várias tecnologias de representação para explorar memória, transmissão e acepções mutantes da fotografia. Docente de Fotografia e Imagem na NYU. lorienovak.com
Mesa redonda de artistas: artistas visuais
photo/foto: Laura Bluher
Brian Massumi: Um ato feito através de mim
Jonathan Sterne: Participação, percussão e protesto: reflexões posteriores
Moderador: Marcial Godoy-Anativia
Biografias
Jonathan Sterne ensina no Departamento de História da Arte e Estudos da Comunicação da McGill University. É autor de MP3: The Meaning of a Format; The Audible Past: Cultural Origins of Sound Reproduction; e de diversos artigos sobre mídia, tecnologia e política cultural. É também editor de The Sound Studies Reader.
Brian Massumi é um teórico social, escritor e filósofo que ensina no Departamento de Ciências da Comunicação da Université de Montréal. Ele é amplamente conhecido pelas suas traduções de filosofia francesa para o inglês e, mais recentemente, é o autor de Semblance and Event: Activist Philosophy and the Occurrent Arts (2011).
Marcial Godoy-Anativia é um antropólogo sócio-cultural e diretor adjunto do Instituto Hemisférico de Performance e Política. Ele é editor, com Jill Lane, da e-misférica, a revista online trilíngue do Instituto, e coeditor de Rhetorics of Insecurity: Belonging and Violence in the Neoliberal Era (NYU Press, 2013).
Mesa Redonda: Táticas Afetivas
photo/foto: Laura Bluher
Alex Rivera: Documentos pop: vídeos musicais imaginados em um movimento
Emory Douglas: Arte guiada por princípio e intenção
Francisco "Papas Fritas" Tapia (Via Skype): Papas Fritas
John Pluecker: A justiça da linguagem
Mark Read: Insistência e possibilidade
Moderadora: Patricia Ybarra
Biografias
Alex Rivera é um cineasta que, durante os últimos quinze anos, tem contado estórias latinas novas, urgentes e visualmente ousadas. Seu primeiro longa-metragem, Sleep Dealer, um filme de ficção científica encenado na fronteira E.U.A./México, ganhou diversos prêmios no Festival de Cinema Sundance e no Festival Internacional de Cinema de Berlim.
Emory Douglas, artista revolucionário e Ministro da Cultura do Partido Black Panther de 1967 até os anos 80, criou a identidade visual do Partido Black Panther. Suas emblemáticas imagens “Chique Militante” simbolizaram as lutas do movimento. Douglas continua criando arte com temas sociais e políticos que transcendem fronteiras.
John Pluecker e co-fundador (com Jen Hofer) o coletivo Antena para a justiça da linguagem, que ativa elos entre o trabalho de justiça social e a prática artística, explorando como visões críticas sobre a linguagem nos ajudam a repensar e rearticular os mundos que habitamos.
Mark Read é um artista, educador e ativista domiciliado no Brooklyn, Nova Iorque. Os processos de colaboração, as estratégias de intervenção e a participação pública estão no cerne da sua prática de resistência criativa. Ele já participou e trabalhou em diversos coletivos e projetos artísticos e ativistas, incluindo Reclaim the Streets NYC, The Danger e, recentemente, o coletivo The Illuminator, que ele próprio fundou em março de 2012.
Patricia Ybarra é professora associada de Teatro e Estudo da Performance na Brown University. Autora de Performing Conquest: Five Centuries of Theatre, History and Identity in Tlaxcala, Mexico (Michigan, 2009), o seu próximo projeto é um livro sobre o teatro latino nos E.U.A. e o neoliberalismo. Os seus interesses englobam o teatro mexicano, o teatro latino nos E.U.A., a historiografia e o teatro de vanguarda nas Américas.
Coreografias do ativismo
photo/foto: Alexei Taylor
Guiomar Rovira: A internet e os movimentos sociais: do zapatismo às redes de indignação e multidões conectadas
Ramesh Srinivasan: Mídia, ativismo e práticas subversivas
Ricardo Dominguez: [Comum]nismo NaNo agora!: abundância radical na era do débito infinito
Rossana Reguillo: Subjetividades e performance: da indignação à imaginação política
Sean Mills: Imaginação radical de Montreal: repensando o passado ativista da cidade
Moderadora: Mary Louise Pratt
Biografias
Guiomar Rovira Sancho, doutora em Ciências Sociais, área de Comunicação e Política. Professora da Universidad Autónoma Metropolitana, México. Pesquisa movimentos sociais, redes e comunicação. Autora de Zapatistas sin fronteras, México, 2009 e Mujeres de Maíz, 1997. Coordenadora de La autonomía posible, México, UACM, 2009 com Albertani e Modonesi.
Ramesh Srinivasan é professor adjunto de Estudos de Informática e Artes de Design Midiático na UCLA e acadêmico do ramo da mídia e da cultura. Estuda os modos pelos quais as novas tecnologias midiáticas moldam e são moldadas pelas dinâmicas sociais, culturais, econômicas e políticas.
Ricardo Dominguez é cofundador do Electronic Disturbance Theater—grupo que desenvolveu tecnologias de plantões virtuais em solidariedade às comunidades zapatistas em Chiapas—e do *particle group*. Sua obra de um ato foi publicada recentemente em The IMperial University: Academic Repression and Scholarly Dissent. É professor da UCSD.
Rossana Reguillo é PhD em Ciências Sociais pelo CIESAS, pesquisadora nacional SNI, membro da Academia Mexicana de las Ciencias e professora de Estudos Sócio-Culturais do ITESO. Suas linhas de pesquisa são: jovens e culturas urbanas, construção social do medo, política das emoções e os aspectos culturais do narcotráfico e da violência.
Sean Mills é o autor de The Empire Within: Postcolonial Thought and Political Activism in Sixties Montreal e coeditor de New World Coming: The Sixties and the Shaping of Global Consciousness. Está atualmente trabalhando numa história da relação entre Quebeque e o Haiti e é professor adjunto de história da University of Toronto.
Mary Louise Pratt ensina na NYU, no Departamento de Espanhol e Português e no Departamento de Análise Social e Cutural. Ela tem um Ph.D. em Literatura Comparada da Stanford University. A sua pesquisa inclui trabalhos com a literatura latino-americana e estudos latino-americanos, literatura comparada, linguística, estudos pós-coloniais, estudos feministas e de gênero, antropologia e estudos culturais.
Dissidência, perturbação e prática ativista
photo/foto: Laura Bluher
Erik Bordeleau: INSURGÊNCIA e a suspensão de significado
Kemy Oyarzún: O movimento estudantil e o colapso pós-ditatorial no Chile
Percy Luján: Time dos SONHOS e o movimento estudantil na cidade de Nova Iorque
Raúl Diego Rivera Hernandez: Da indignação à mobilização: #YoSoy 132 e a construção de afetos coletivos
Rodrigue Jean: Cinema de ação e o surgimento de novas formas de vida
Moderadora: Kim Sawchuk
Biografias
Erik Bordeleau é bolsista de pós-doutorado na Brussels Free University e palestrante na UQAM. É autor de Foucault anonymat (2012) e de Comment sauver le commun du communisme? (2014). É também membro do Sense Lab, um coletivo interessado em práticas de planejamento de eventos e criação-pesquisa, e de Épopée, um grupo de ação em cinema.
Kemy Oyarzún é professora de Literatura Hispânica e fundadora do Centro de Estudos sobre o Gênero e a Cultura na Faculdade de Humanidades da Universidad de Chile. Atualmente, dirige o programa de mestrado em Estudos sobre o Gênero e a Cultura e é um dos membros eleitos do Senado da Universidad de Chile.
Percy Lujan é um ativista e presidente da Lehman DREAM Team: uma das diversas organizações estudantis formadas em universidades por todo o país para lidar com questões imigratórias. Por meio do empoderamento e da defesa de direitos, o DREAM Team busca educar os estudantes acerca dos métodos de liderança na luta por uma política imigratória justa.
Raúl Diego Rivera Hernández é professor adjunto da University of South Carolina. Sua pesquisa explora a representação da violência global em narrativas de feminicídios e tráfico de drogas no México; xenofobia e violência racial na Espanha; e movimentos sociais na América Latina.
Rodrigue Jean é diretor de cinema, escritor e produtor, além de ser fundador da Transmar Films. É membro do coletivo ativista de cinema Épopée. Seu projeto web EPOPEE.ME, uma colaboração com consumidores de drogas e trabalhadores sexuais, mistura ficção e documentário e busca trazer os excluídos ao centro do discurso político.
Kim Sawchuk é professora e chefe de pesquisa em Estudos da Mídia Móvel da Concordia University e cofundadora do studioXX. Tem interesse no potencial criativo e político da nova mídia e é conhecida pelos seus diversos artigos sobre os métodos como prática criativa, suas performances pedagógicas e seu compromisso para com os estudantes.