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Cinema indígena '22
Quarta semana 2 a 5 de dezembro


“Trafkintun”, com a participação de Waikil e banda acústica (sessão ao vivo na Ruka)

Título: “Trafkintun”, com a participação de Waikil e banda acústica (sessão ao vivo na Ruka)
Data de estréia: 2019
Duración: 5:33 minutos
Diretor: Gerardo Quezada
línguas: mapuzungun e espanhol
Países/Territórios: Ngulumapu (Chile)
Comunidade/Nação: Mapuche
Sinopse:

“Trafkintun” é uma canção inspirada na ülkantun (canção tradicional mapuche) da minha avó materna Francisca Huaiquil. Através da sua canção, ela dá visibilidade aos valores e laços de amizade. A canção é um convite a fortalecer uma prática tradicional, mantida em alguns lugares no território mapuche, chamada wallmapu, em que famílias de diferentes locais se reúnem para compartilhar e intercambiar não somente bens materiais, mas também conhecimento.

Biografias de cineastas:

Jaime Cuyanao Venegas é um artista mapuche que faz rap em espanhol e mapuzungun (língua tradicional mapuche) sob o nome Waikil. Ele é filho de pai e mãe mapuches das áreas de Vilcún e Traiguén, respectivamente. Apesar de ter nascido na cidade de Santiago, ele passou parte da sua infância no sul do Chile (Traiguén), onde viveu no campo com a sua avó materna, com quem manteve uma intensa conexão. Desde que passou a viver em Santiago, ele começou a fortalecer a sua identidade mapuche e a relatar as experiências cotidianas do seu povo nas áreas rural e urbana através da música. Atualmente, o letrista está trabalhando em um formato acústico, juntamente com a sua banda, através do qual eles exploram novos sons, fundindo gêneros musicais latino-americanos, a música mapuche (ayekawe) e o rap, construindo uma nova mistura de ritmos, acordes e melodias entrelaçadas com rimas em espanhol e mapuzungun. A sua banda é formada por Lorena Manzo (kultrún e cajón peruano), Francisco Herrera (violino e udu), Cristofer Collio (violão e pifilka), Vicente Fabres (baixo) e Jaime Cuyanao (voz e instrumentos mapuche).






Ma's House (Casa de Ma)

Título: Ma's House (Casa de Ma)
Data de estréia: 2022
Duración: 9:00 minutos
Diretor: Jeremy Dennis
línguas: inglês
Países/Territórios: Estados Unidos
Comunidade/Nação: Shinnecock
Sinopse: A casa de Ma já foi o coração da comunidade para os povos shinnecock, que têm permanecido na sua terra natal há 10.000 anos. Como neto de Ma, artista e fotógrafo, Jeremy Dennis está numa missão de restituir a casa da família ao seu papel central como local de encontro da comunidade para uma nova geração de artistas diversos. Por meio de lembranças pessoais, narrativas íntimas e um toque de fofocas sobre celebridades, Dennis e a sua família revelam gerações de história e esperança contidas pelas paredes da sua casa.
Biografias de cineastas: Jeremy Dennis é um fotógrafo de arte contemporânea e membro tribal da Nação Indígena Shinnecock em Southampton, Nova Iorque. Nesta obra, ele explora a identidade, cultura e assimilação indígena. Ele já participou de diversas exibições solo e em grupo. Tem um mestrado em Belas Artes da Pennsylvania State University, State College, Pensilvânia, e um bacharelado em Arte de Estúdio da Stony Brook University, no estado de Nova Iorque. Atualmente, ele vive e trabalha em Southampton, Nova Iorque, na Reserva Indígena de Shinnecock.





Nũhũ Yãg Mũ Yõg Hãm: essa terra é nossa!

Título: Nũhũ Yãg Mũ Yõg Hãm: essa terra é nossa!
Data de estréia: 2020
Duración: 70 minutos
Directors: Isael Maxakali, Sueli Maxakali, Carolina Canguçu, Roberto Romero
línguas: português e guarani com legendas em português, inglês e espanhol
Países/Territórios: Brasil
Comunidade/Nação: Maxakali
Sinopse: No passado, os brancos não existiam e nós vivíamos caçando com os nossos espíritos yãmĩyxop. Mas os brancos vieram, derrubaram as matas, secaram os rios e espantaram os bichos para longe. Hoje, nossas árvores compridas acabaram, os brancos nos cercam e a nossa terra é pequenininha. Mas os nossos yãmĩyxop são muito fortes e eles nos ensinam as histórias e os cantos dos antigos que andaram por aqui.
Biografias de cineastas:

Isael Maxakali é cineasta, professor e artista plástico. Ele dirigiu os filmes Tatakox (2007); Xokxop pet (2009); Yiax Kaax - Fim do resguardo (2010); Xupapoynãg (2011); Kotkuphi (2011); Yãmîy (2011); Mîmãnãm (2011); Quando os yãmîy vêm dançar conosco (2011); Kakxop pit hãmkoxuk xop te yũmũgãhã (Iniciação dos filhos dos espíritos da terra, 2015); Konãgxeka: o Dilúvio Maxakali (2016); e Yãmiyhex: as mulheres-espírito (2019). Em 2020, ele ganhou o prêmio PIPA Online, um dos principais prêmios da arte contemporânea no Brasil.

Sueli Maxakali é cineasta, professora e fotógrafa. Ela codirigiu os filmes Quando os yãmiy vêm dançar conosco (2011) e Yãmiyhex: as mulheres-espírito (2019). Em 2009, ela publicou o livro de fotografias Koxuk Xop Imagem (Beco do Azougue Editorial) sobre os rituais e a vida cotidiana da Aldeia Verde, com fotografias de mulheres maxakali.

Carolina Canguçu tem um mestrado em Comunicação Social da Universidade Federal de Minas Gerais e atualmente coordena a Interprogramação da TV Educativa da Bahia. Ela é editora, pesquisadora, professora de Cinema e curadora de mostras de documentários. Trabalha com povos tradicionais em cursos de formação audiovisual. Integrou o coletivo Filmes de Quintal por 12 anos, realizando o forumdoc.bh, Festival do Filme Documentário e Etnográfico de Belo Horizonte.

Roberto Romero tem um PhD em Antropologia Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ele é membro da Associação Filmes de Quintal e um dos organizadores do forumdoc.bh, Festival do Filme Documentário e Etnográfico de Belo Horizonte. Foi diretor assistente do longa Yãmĩyhex: as mulheres-espírito (Sueli e Isael Maxakali, 2019).

O Instituto Hemisférico e o Centro de Tradição Popular e Patrimônio Cultural do Smithsonian apresentam: Cinema Indígena 2022.

Com curadoria de Amalia Córdova



Atendendo ao convite de Ailton Krenak de considerar a interdependência entre todos os seres vivos, voltamos o nosso olhar para o que nos nutre e nos sustém: desde o primordial vínculo com a terra e a água até atos cerimoniais e de cura. Mais que uma mera denúncia, esses filmes examinam a fundo as concepções indígenas de territorialidade e espiritualidade, com imagens e sons que canalizam vitalidade, conexão e relacionalidade diante dos diversos desafios ao nosso bem estar coletivo. Podemos retraçar os caminhos, escutar as sementes, os rios e os poetas? Podemos evocar os espíritos e cantar nas nossas próprias línguas?


Em colaboração com


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