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Cinema indígena '22
Terceira semana 25 a 28 de novembro


“Sem combate”, com a participação de Anahi Mariluán

Título: “Sem combate”, com a participação de Anahi Mariluán
Data de estréia: 2022
Duración: 3:00 minutos
Diretor: María Manzanares
línguas: mapudungun com legendas em espanhol
Países/Territórios: Argentina
Comunidade/Nação: Mapuche
Sinopse:

Sem combate é inspirado na história da criação mapuche Treng Treng e Kay Kay, que expressa os intensos poderes da natureza, nas suas diversas formas. Treng Treng incorpora a terra, Kay Kay é a incorporação da água e, na visão de mundo mapuche, essas forças travam uma constante batalha para manter o equilíbrio.

Biografias de cineastas:

María Manzanares nasceu em Furilovche em 1981. Aos 18 anos de idade, mudou-se para Buenos Aires para estudar na Escuela Superior de Creativos Publicitarios, ao tempo em que também trabalhava numa agência de publicidade. Em 2001, viajou ao México, onde inicialmente tentou trabalhar com publicidade, mas acabou confirmando algo que já sabia: ela queria contar histórias que não tinham nada a ver com o marketing. Finalmente, a sua participação numa reunião zapatista em Chiapas a fez repensar tudo o que ela tinha aprendido sobre a dinâmica do sistema capitalista. O tempo que ela passou fora do país a conscientizou da importância da água e do cuidado para com todas as formas de vida. Em 2002, retornou à sua cidade natal. Hoje ela trabalha no Centro de Producción de Contenidos Audiovisuales (CPCA) da Universidad Nacional de Río Negro. Em 2015, ela conheceu a artista mapuche Anahí Mariluan e fez o premiado videoclipe “Não estamos sozinhas” (Festival Audiovisual de Bariloche). Ela já exibiu a sua obra por toda a Argentina, Peru e Chile em busca da revitalização dos povos mapuche. Manzanares está atualmente estrelando o seu primeiro documentário de longa-metragem, Mankewenüy, amigo do condor, estrelando Anahí Mariluan, e concluindo o seu segundo, O wampo volta a navegar.






Warmi Luna-Gunaa Sol

Título: Warmi Luna-Gunaa Sol
Data de estréia: 2015
Duración: 5:39 minutos
Diretor: Frida Muenala
línguas: espanhol com legendas em inglês
Países/Territórios: Ecuador
Comunidade/Nação: Kichwa e Zapotec
Sinopse: Esta obra explora os sentimentos das mulheres kichwa otavalo diante do pensamento ocidental, que marca as suas vidas desde o nascimento, e como isso, por sua vez, afeta a construção das suas identidades.
Biografias de cineastas:

Frida Muenala é uma cineasta kichwa-zapotec que estudou Cinema e Vídeo na Universidad San Francisco de Quito. Em maio de 2011, ela fez o seu primeiro documentário, Huellas del tiempo (Impressões digitais do tempo), que recebeu o prêmio COCOA na categoria de “Melhor Documentário de 2012”. Ela dirigiu os curtas de ficção Ella, Un buen día e Uyana e um documentário de longa-metragem, Wamri pachakutik. Em 2013, Muenala ajudou a editar, executar e vender a série limitada de televisão Shukma, um dos primeiros programas feitos para o seu povo que foi transmitido na rede de televisão nacional equatoriana. De 2012 a 2015, ela trabalhou no longa Killa e subsequentemente na produção do documentário de longa-metragem Allpamanda, sobre a memória histórica do movimento indígena na Amazônia equatoriana. Ela está atualmente trabalhando na pré-produção do longa narrativo Coração da terra / Allpamamapa shunku, ganhador dos prêmios Fundo de Desenvolvimento do ICCA em 2018 e Fundo para a Produção de Longas de Ficção do IFCI em 2021.






Fôlego Vivo

Título: Fôlego Vivo
Data de estréia: 2021
Duración: 25 minutos
Diretor: Juma Jandaíra e Associação dos Índios Cariris do Poço Dantas-Umari
línguas: português com legendas em inglês, espanhol e português
Países/Territórios: Brasil
Comunidade/Nação: Cariri
Sinopse: O povo kariri, situado na Chapada do Araripe, uma área rural no nordeste brasileiro, reflete sobre a água. A comunidade conta o mito indígena de recriação do mundo com as águas contra o mito desenvolvimentista capitalista de controle das águas e das corpas humanas e não-humanas que habitam o Rio São Francisco.
Biografias de cineastas:

Juma Jandaíra atualmente conduz pesquisa em nível de pós-doutorado, trabalhando com a bolsa Encontros Hemisféricos, financiada pelo SSHRC. Jandaíra busca escutar e aprender os segredos das plantas. Move-se na fricção entre as artes e o corpo, a pedagogia indisciplinada e a luta indígena pela justiça ambiental. Participa dos movimentos sociais Retomada Kariri e a Associação Indígena Cariri de Poço Dantas-Umari. Ativa também o impulso audiovisual Unidxs contra a colonização: muitos olhos, apenas um coração para a criação coletiva de outras formas simbólicas de autorrepresentação da primeira nação Abya Yala.

O Instituto Hemisférico e o Centro de Tradição Popular e Patrimônio Cultural do Smithsonian apresentam: Cinema Indígena 2022.

Com curadoria de Amalia Córdova



Atendendo ao convite de Ailton Krenak de considerar a interdependência entre todos os seres vivos, voltamos o nosso olhar para o que nos nutre e nos sustém: desde o primordial vínculo com a terra e a água até atos cerimoniais e de cura. Mais que uma mera denúncia, esses filmes examinam a fundo as concepções indígenas de territorialidade e espiritualidade, com imagens e sons que canalizam vitalidade, conexão e relacionalidade diante dos diversos desafios ao nosso bem estar coletivo. Podemos retraçar os caminhos, escutar as sementes, os rios e os poetas? Podemos evocar os espíritos e cantar nas nossas próprias línguas?


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