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Cinema indígena '22
Segunda semana 18 a 21 de novembro


“2050” com a participação de Jhon Jota, “o índio do rap” (nasa)

Título: “2050” com a participação de Jhon Jota, “o índio do rap” (nasa)
Data de estréia: 2016
Duración: 3:00 minutos
Diretor: Jhon Jota
Idiomas: espanhol com legendas em inglês
Países/Territórios: Colômbia
Comunidade/Nação: Nasa
Sinopse: A canção “2050” é a história de um jovem indígena que, em meio a um devaneio, vê o futuro e fala da devastação do meio ambiente gerado pelo consumismo e pelo estilo de vida exploratório do atual sistema econômico. “2050” é uma história apocalíptica, contada a partir da visão de mundo indígena da Colômbia, onde há uma preocupação quanto à perda do que é essencial para a sobrevivência das comunidades. É também uma convocação para gerar conscientização acerca dos recursos naturais. A canção propõe o retorno à vida espiritual que possibilita o respeito aos espíritos da natureza e a defesa da Mãe Terra como uma solução alternativa.
Biografias de cineastas: Jhon Jota, também conhecido como “o índio do rap”, pertence à comunidade indígena nasa e, aos 23 anos de idade, é um dos maiores proponentes do rap indígena colombiano. Jhon Jota é da reserva Toribio Cauca, onde ele tem feito música desde 2014, usando letras de resistência e dignidade para fortalecer e proteger a Mãe Terra e a visão de mundo indígena, sem esquecer o amor e a mágoa como elementos transversais em toda a humanidade. Essa exploração transgressiva do seu próprio contexto e cultura têm permitido que ele transcenda as fronteiras da sua reserva e exponha os problemas da sua comunidade em diversos festivais nacionais e internacionais.





Semente Mãe: voltando pra casa

Título: Semente Mãe: voltando pra casa
Data de estréia: 2021
Duración: 7:25 minutos
Diretor: Mateo Hinojosa e Rowen White
Idiomas: inglês
Países/Territórios: Estados Unidos
Comunidade/Nação: Quéchua, Mohawk
Sinopse: Nesta incorporação poética do movimento Rematriação da Semente Indígena, as sementes mostram toda a sua beleza para que nos enamoremos e, consequentemente, as protejamos. Presenciamos visões animadas da cosmogenealogia mohawk e somos todos convidados a retomar o relacionamento com as nossas sementes, a unir-nos a esse movimento indígena liderado por mulheres.
Biografias de cineastas:

Mateo Hinojosa é um contador de histórias boliviano-americano mestiço de etnia quéchua, domiciliado na Califórnia. Especializado em canalizar vozes e visões coletivas em expressão criativa, ele tem facilitado produções audiovisuais colaborativas e oficinas de contação de histórias transculturais com jovens americanos nativos, prisioneiros argentinos transgênero e ativistas pela justiça climática. Este documentário de longa-metragem, Movimentos espetaculares, foi uma cocriação com jovens atores aymara, revivendo os espíritos da recente revolução boliviana com intervenções teatrais e de rua. Como diretor de mídia do The Cultural Conservancy desde 2013, ele já produziu inúmeros documentários, experiências de educação comunitária e o podcast Native Seed Pod. Ele é também diretor da companhia de produção Woven Path.

Rowen White é uma Guardiã de Sementes e fazendeira da comunidade mohawk de Akwesasne e uma ardente ativista pela soberania da semente e do alimento indígena. Ela é a diretora e fundadora do Sierra Seeds, uma inovadora organização administradora de sementes orgânicas voltada para as sementes locais e para a educação, com sede em Nevada City, Califórnia. White é a coordenadora de projetos nacionais e conselheira da Indigenous Seed Keepers Network, que é uma iniciativa da Native American Food Sovereignty Alliance, uma organização sem fins lucrativos que visa potencializar recursos para financiar projetos de soberania alimentar tribal. A missão da Indigenous Seed Keepers Network é nutrir e apoiar o crescente Movimento pela Soberania das Sementes que se espalha por Turtle Island. A paixão de White é atuar como professora e mentora. Ela já desenvolveu muitos currículos focados na abordagem indígena holística de administração de sementes, baseada na permacultura, que reconhece as diversas camadas da cultura de sementes—desde as habilidades manuais práticas até o contexto cultural e a memória—com princípios orientadores enraizados na ecologia de relacionamentos indígenas. Ela ensina e organiza imersões criativas de administração de sementes ao redor do país, em pequenas comunidades agrícolas e tribais. Ela tece histórias de sementes, comida, cultura e administração da Terra sagrada no seu blog, Seed Songs.






“ᎠᏍᎦᏯ ᎦᏅᎯᏓ" (Homem comprido)

Título: “ᎠᏍᎦᏯ ᎦᏅᎯᏓ" (Homem comprido)
Data de estréia: 2021
Duración: 14:26 minutos
Diretor: Joseph Erb
Idiomas: Cherokee
Países/Territórios: Estados Unidos
Comunidade/Nação: Cherokee
Sinopse: Esta animação é uma visão cultural sobre a importância da água para o povo cherokee, para as pessoas do nordeste de Oklahoma e para a Nação Cherokee. A obra trabalha com a palavra cherokee para rio, ᎠᏍᎦᏯ ᎦᏅᎯᏓ (homem comprido). Os rios são espíritos e seres vivos que são respeitados pelos povos da cultura cherokee. Essas águas, atualmente, estão sendo poluídas em um ritmo acelerado.
Biografias de cineastas:

Joseph Lewis Erb (produtor/diretor, cidadão da Nação Cherokee) é um animador digital, produtor de cinema, educador, tecnólogo da linguagem e artista. Ele recebeu o seu mestrado em Belas Artes da University of Pennsylvania. Erb criou The Beginning They Told (O começo, eles disseram), a primeira animação cherokee na língua cherokee. Ele usou as suas habilidades artísticas para ensinar aos alunos muscogee creek e cherokees como animar histórias tradicionais. A maior parte da sua obra é criada na língua cherokee. Ele já passou muitos anos trabalhando em projetos que visam expandir o uso da língua cherokee na tecnologia e nas artes.

David Crawler (narrador/especialista em cultura, cidadão da Nação Cherokee) trabalha com o ensino e pela preservação da língua cherokee. Tendo o cherokee como primeira língua, Crawler tem servido a Nação Cherokee (NC) por mais de uma década no departamento linguístico da tribo, trabalhando em diversos projetos linguísticos. Ele exerceu um papel instrumental na tradução da Constituição da NC para a língua cherokee e é o principal tradutor e contador de histórias dos Livros de Atividades para Crianças Nativas. Ele já colaborou em filmes animados na língua cherokee e trabalhou em notáveis projetos de tradução para a Apple, Microsoft e Google. Crawler também faz parte do Consórcio da Língua Cherokee, ajudando a traduzir palavras modernas para o silabário cherokee.






Shash Jaa' (Orelhas de ursos)

Título: Shash Jaa' (Orelhas de ursos)
Data de estréia: 2016
Duración: 26 minutos
Diretor: Angelo Baca
Idiomas: inglês/diné (navajo)
Países/Territórios: Dinetah (Território Navajo, EUA)
Comunidade/Nação: Diné/Hopi
Sinopse: A área de Shásh Jaa’ (Orelhas de ursos) abrange mais de 1,9 milhão de acres de natureza selvagem no sudeste do Utah e é uma terra sagrada para as tribos nativas locais. A Coalizão Intertribal Orelhas de Ursos é um esforço de 5 diferentes nações tribais (Navajo, Ute, Ute Mountain Ute, Hopi, Zuni), trabalhando juntas para proteger essa área ecológica virgem do desenvolvimento da extração de recursos naturais e da destruição ambiental. Este curto documentário acompanha o diretor Angelo Baca (Diné/Hopi), a sua avó Helen Yellowman (Diné) e o desenvolvimento dos esforços da coalizão para convencer a administração Obama a converter a área em um Monumento Nacional designado com um plano de coadministração, trabalhando em parceria com essas tribos.
Biografias de cineastas: Angelo Baca é um ativista cultural, acadêmico e cineasta que concluiu recentemente um PhD no Departamento de Antropologia da New York University, onde ele focou a sua pesquisa no Monumento Nacional Orelhas de Urso. Ele é também o coordenador de recursos culturais da Utah Diné Bikéyah, uma organização sem fins lucrativos dedicada à defesa e proteção de terras ancestrais culturalmente significantes. Shash Jaa’: Orelhas de ursos é o mais recente filme premiado de Baca. Ele tem trabalhado com a Patagonia no filme sobre terras públicas Public Trust (Confiança pública) sobre o ataque da atual administração contra terras indígenas e públicas. O trabalho de Baca reflete o seu compromisso para com a pesquisa colaborativa com comunidades indígenas em condições de igualdade e respeito e uma contínua dedicação ao conhecimento ocidental e indígena. Ele continua focando na proteção das comunidades indígenas, empoderando os detentores do conhecimento local e tradicional na administração das suas próprias práticas e cenários culturais.

O Instituto Hemisférico e o Centro de Tradição Popular e Patrimônio Cultural do Smithsonian apresentam: Cinema Indígena 2022.

Com curadoria de Amalia Córdova



Atendendo ao convite de Ailton Krenak de considerar a interdependência entre todos os seres vivos, voltamos o nosso olhar para o que nos nutre e nos sustém: desde o primordial vínculo com a terra e a água até atos cerimoniais e de cura. Mais que uma mera denúncia, esses filmes examinam a fundo as concepções indígenas de territorialidade e espiritualidade, com imagens e sons que canalizam vitalidade, conexão e relacionalidade diante dos diversos desafios ao nosso bem estar coletivo. Podemos retraçar os caminhos, escutar as sementes, os rios e os poetas? Podemos evocar os espíritos e cantar nas nossas próprias línguas?


Em colaboração com


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