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Imagens de controle: Performando os imaginários racistas
Rodrigo Severo em conversa com Priscila Rezende
Quarta-feira, 13 de setembro de 2023 18:00, horário de São Paulo
Intelectuais negras têm debatido como os discursos masculinos gerados pela ordem do patriarcado branco e escravagista foram responsáveis por moldar regimes de visibilidade racistas aplicados às mulheres negras. Priscila Rezende conversará com Rodrigo Severo sobre os questionamentos e deslocamentos que performances como Vem... Pra Ser Infeliz (2017) provocam em relação aos discursos da colonialidade e do racismo direcionados às mulheres negras no Brasil.
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Fabulação crítica: Performando os arquivos coloniais
Rodrigo Severo em conversa com Ana Musidora
Segunda-feira, 18 de setembro de 2023 | 18:00, horário de São Paulo
A partir de performances como Leite Derramado (2013), Ana Musidora abordará com Rodrigo Severo como os arquivos da escravidão, impregnados de violência, são ressignificados em sua ação, resultando em um exercício sensível de memória a partir das vidas que foram silenciadas pela ordem colonial.
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Gritos de resistência: Desobedecendo a necropolítica
Rodrigo Severo em conversa com Lucimélia Romão
Quinta-feira, 5 de outubro de 2023 | 18:00, horário de São Paulo
A violência do Estado contra pessoas negras, pobres e periféricas é um fenômeno diário, global e persistente em nossa sociedade. A polícia, como um dos braços do Estado, tem sido responsável pelo extermínio físico e simbólico de determinados corpos. A partir desse contexto, a artista e atriz Lucimélia Romão discutirá com Rodrigo Severo como a sua performance-instalação MIL LITROS DE PRETO: O LARGO ESTÁ CHEIO (2019), cria gestos de resistência e atos de solidariedade que denunciam no espaço público o genocídio da população negra no Brasil.
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Riso nervoso: Performando a branquitude como lugar de deboche
Rodrigo Severo em conversa com Renata Felinto
Quinta-feira, 26 de outubro de 2023 | 18:00, horário de São Paulo
A branquitude está associada ao racismo, sendo entendida como um lugar de privilégio racial, econômico e político, no qual a identidade racial branca, embora não explicitamente nomeada como tal, molda a sociedade por meio de valores, experiências e modos de organização da vida. Neste contexto, Severo conversará com Renata Felinto sobre seu conjunto de obras e especialmente a performance White Face and Blonde Hair (2012), que provoca questionamentos e reflexões sobre os comportamentos e os símbolos que compõem a branquitude no Brasil.
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Bios
Renata Felinto
Renata Felinto é uma mulher afro-diaspórica e mãe de Benedita Nzinga e de Francisco Madiba; artista visual, pesquisadora e professora; e Especialista em Curadoria e Educação em Museus de Arte pelo Museu de Arte Contemporânea/USP. É Bacharel, Mestra e Doutora em Artes Visuais pelo Instituto de Artes/UNESP. Foi Fellow Post-Doctoral no Center for Africana Studies’ Spring 2023 Artist-in-Residence na University of Pennsylvania (EUA); Professora adjunta da Licenciatura em Artes Visuais e do Mestrado Profissional em Artes Visuais na Universidade Regional do Cariri/CE; Professora na especialização em Gestão Cultural Contemporânea da Escola Itaú; Coordenadora no Núcleo de Educação do Museu Afro-Brasil; Curadora da 15a Bienal Naifs do Brasil (Prêmio Miguel Arcanjo de Cultura Artes Visuais 2021); Curadora do Educativo da 15a Bienal Naifs do Brasil; Curadora adjunta do Instituto Oficina de Cerâmica Francisco Brennand; membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte; e Membro do Comitê de Indicação do Prêmio PIPA (2021 e 2023). Exposições individuais recentes incluem: uma mostra convidada na Miss Read Berlin Art Book Fair, na Haus der Kulturen der Welt (2022); Performando a vida, SENAC Scipião (2021); e As que me habitam, como artista convidada na 29ª Edição do Programa de Exposições do CCSP. Participou das exposições coletivas: Empoderamento, no Kunstmuseum Wolfsburg, Wolfsburg, Alemanha (2022); Coleção MAR + Enciclopédia Negra, Museu de Arte do Rio (2022); Beethoven Moves, Kunst Historiches Museum Wien, Viena, Áustria (2020); 12ª Bienal do Mercosul (2020); Histórias Afro-Atlânticas, no Instituto Tomie Ohtake/MASP (2018); e 29° Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo como artista convidada (2019). Recebeu inúmeros prêmios, incluindo o Prêmio PIPA, o Prêmio Select de Arte e Educação e o 25º Prêmio Salão Anapolino, todos em 2020.
Ana Musidora
Graduada em dança pela Comunicação das Artes do Corpo/PUC SP e gestão cultural contemporânea para equipes colaborativas de trabalho pelo Itaú Cultural & Instituto Singularidades, Ana Musidora é criadora das performances Leite Derramado (2013), Ana Paula Padrão (2014), e Agome (2020). Foi curadora do projeto DA PELE PRA DENTRO, um ciclo de performances autorais para o Festival Online Mulheres na Travessa (Edição 2021). Em novembro de 2020, à convite do Dona Ruth, esteve responsável pela mediação e assessoria pedagógica das ações para o Quilombo Artístico Pedagógico (edição online) no Festival de Teatro Negro de São Paulo. Também ministrou a disciplina Espacialização e Imagem a convite do Curso de Realização em Audiovisual da Escola Pública de Audiovisual da Vila das Artes, Fortaleza/CE. Em 2018 integrou o corpo de artistas residentes para o projeto “Obinrin – Ancestralidade, Residência Artística e Performance Negra Feminista (Salvador/Br/Caribe). Orientou as ações #PratoÀModaDaCasa 2015 - realizada no Restaurante Senzala e #EuTrabalhadoraPeriférica 2017/2018 junto à Coletiva 8M na Quebrada.
Priscila Rezende
Priscila Rezende é artista visual e desenvolve trabalhos em vídeo, instalação, fotografia e objeto, mas tem a performance como produção predominante em sua trajetória. Raça, identidade, inserção e presença do indivíduo negro e das mulheres na sociedade contemporânea são os principais norteadores e questionamentos levantados no trabalho de Priscila Rezende. Partindo de suas próprias experiências, limitações impostas, discriminação e estereótipos são expostas em ações corporais viscerais, que buscam estabelecer com o público um diálogo direto e claro. A artista propõe ao público partilhar e ser confrontado por diferentes realidades, de forma a desloca-lo de suas posições de conforto e a questionar prerrogativas cristalizadas. Rezende é graduada em Artes Plásticas pela Escola Guignard-UEMG (Belo Horizonte, Brasil) com habilitação em Fotografia e Cerâmica. Dentre sua atuação destaca-se a presença em exposições em diversas regiões do Brasil como Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco, Amapá e Rio Grande do Sul e em países como Alemanha, Inglaterra, EUA, Espanha, Holanda e Polônia.
Lucimélia Romão
Lucimélia Romão é artista visual, dramaturga e performer. É pós graduanda em Artes pela Universidade Federal de Pelotas - RS; graduanda em Artes Visuais pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - BA; e graduada em Teatro pela Universidade Federal de São João Del Rei - MG, onde pesquisou teatro e performance negra. Foi formada como atriz em 2013 no curso técnico em Teatro pela Escola Municipal de Artes Maestro Fêgo Camargo em Taubaté/ SP. Recebeu os seguintes prêmios: 9ª Mostra de Dramaturgia em Pequenos Formatos Cênicos do Centro Cultural São Paulo - São Paulo/SP (2023); 8ª Edição do Prêmio Foco ARTRio - Rio de Janeiro/ RJ (2022); 3° Prêmio Leda Maria Martins de Artes Cênicas Negras de Belo Horizonte/ MG.
Rodrigo Severo
Rodrigo Severo é artista, pesquisador e professor que atua nas interfaces entre performance, teatro e cena expandida. Possui doutorado e mestrado em Artes Cênicas pela ECA/USP e é graduado em Licenciatura em Teatro pela UFRN. Integra o Laboratório de Práticas Performativas da ECA/USP e é membro fundador da Coletiva Preta Performance, que investiga as relações étnico-raciais no Brasil e cria ações estéticas descolonizadas e antirracistas. Seu interesse de pesquisa abrange os estudos da performance negra, diáspora africana, corpo negro, estéticas descolonizadas, autorias negras e cena contemporânea.