Augusto Boal faz uma palestra no Brooklyn College sobre o Teatro do Oprimido. Ele afirma que “o teatro que eu faço é para mostrar que todo ser humano usa as mesmas linguagens que o ator no palco (paixão, movimentos e fantasias, de acordo com o cenário), mas o ator tem consciência disso”. Ele aborda a inevitabilidade de “fazer” teatro: que, de fato, uma vez que aprendemos a falar a linguagem do teatro, ela pode ser ensaiada na vida real para “analisar possibilidades”. Finalmente, em relação ao espectadores, Boal argumenta que não deve ser passivos, mas ativos e transgressores, buscando interferir e modificar a performance que lhes é apresentada. Na segunda parte da oficina, Boal pede que grupos de cinco pessoas apresentem imagens de opressão, com 41 grupos participando no total. Uma vez apresentadas, Boal pergunta se os participantes se identificam com as personagens destas imagens. Boal então propõe que os grupos participem de um exercício de interação envolvendo movimento, imobilidade, fala e silêncio. “Fazer é a melhor maneira de falar.” A última parte da oficina começa com Boal mostrando fotografias de diferentes famílias em outros países, como Espanha, Estados Unidos, Portugal, Itália, México, Suécia e Egito, enquanto comenta sobre a história de cada país. Após este exercício, Boal pede aos participantes que pensem sobre o que desejam conversar ou discutir em preparação para o segundo dia da oficina, no qual improvisarão essas ideias e temas através de um exercício de Teatro Fórum.
A série do Brooklyn College apresenta material de vídeo de dois dias inteiros deoficina com Augusto Boal em 1988. Augusto Boal conduz exercícios gerais e convida os participantes a pensar sobre como aplicar as técnicas do Teatro do Oprimido no contexto de uma sala de aula. Este material em vídeo inclui também discussões e exercícios sobre a transgressão.
