Entrevista com Tomás Ybarra-Frausto (2002)
Documentação em vídeo da obra Cuentos eróticos africanos-del Decamerón Negro (Contos eróticos africanos-do Decamerão Negro), do Teatro Esquina Latina, apresentada como parte do 3o Encuentro do Instituto Hemisférico de Performance e Política, realizado em julho de 2002 em Lima, Peru, sob o título Globalização, Migração e a Esfera Pública. Cuentos eróticos africanos é uma obra baseada em The Black Decameron (O Decamerão Negro), uma compilação de estórias folclóricas africanas pelo antropologista Leo Frobenius. Esta é uma versão reduzida da produção original do Teatro Esquina Latina, com duas atrizes ao invés de quatro. A peça é um espetáculo de contação de estórias que cria a cena, para jovens e adultos, da vida cotidiana, do humor e do jogo do amor nessa terra que é a África.
O Teatro Esquina Latina é um grupo de teatro cooperativo de Cali, Colômbia, fundado em 1973 na Universidad del Valle como um grupo estudantil e dirigido por Orlando Cajamarca Castro.
Teatro Esquina Latina: Cuentos eróticos africanos-del Decamerón Negro
Documentação em vídeo da performance solo de Tito Vasconcelos, apresentada durante o 2o Encuentro do Instituto Hemisférico de Performance e Política, realizado em junho de 2001 em Monterrey, México, sob o título ‘Memória, Atrocidade e Resistência’. Nesta performance, uma paródia da política mexicana e transfiguração do cenário político mexicano, Vasconcelos é um travesti que atua como Martita, a então companheira do Presidente Vicente Fox, em vias de tornar-se a Primeira Dama do México.
Tito Vasconcelos é Professor de Teatro na Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM). A sua filmografia inclui ‘Danzón’, de María Novaro; e ‘Esmeralda Comes at Night’ (Esmeralda Vem à Noite), em inglês, e ‘De noche vienes’, de Jaime Humberto Hermosillo. A sua obra teatral inclui vários trabalhos com Jesusa Rodríguez e Liliana Felipe no Teatro El Hábito e no seu próprio Cabaret-Tito. Tito conduziu também um programa de rádio semanal sobre questões relativas a gays e lésbicas para o Ministério da Educação do México durante sete anos.
Tito Vasconcelos: Martita, Primera Dama and others
Documentação em vídeo da performance The Alamo Piece, de Jim Calder e Sigfrido Aguilar, apresentada como parte do 2o Encuentro do Instituto Hemisférico de Performance e Política, realizado em junho de 2001 em Monterrey, México, sob o título Memória, Atrocidade e Resistência. The Alamo Piece é uma estória de esperança, história, NAFTA e transformação da fronteira E.U.A.-México. A peça é uma viagem energizada do imaginário sobre a poesia e o povo das terras fronteiriças.
O artista performático Jim Calder já fez tours de produções, tanto solo quanto de companhias, por todos os Estados Unidos e pela Europa. Na Cidade de Nova Iorque, a sua obra já foi vista no Performance Space 122, no The Kitchen, no Theater for the New City e no INTAR. Ele e Sigfrido Aguilar são co-recipientes da bolsa de estudos Rockefeller U.S. – Mexico Fund for Culture. Jim é também um instrutor e diretor no Graduate Acting Program (Curso de Mestrado em Atuação) da New York University e recebeu subsídios da New York Foundation for the Arts, da Jerome Foundation, da New York State Council on the Arts e do National Endowment for the Arts.
Sigfrido Aguilar tem trabalhado internationalmente como um artista performático solo e também com o Comedic Pantomime Theater Company. Aguilar é o fundador e diretor da primeira escolar de mímica, de palhaços e de movimento no México.
Jim Calder & Sigfrido Aguilar: The Alamo Piece
Documentação em vídeo da performance ‘Cosmic Blood’ (Sangue Cósmico), de Gigi Otálvaro-Hormillosa, apresentada como parte do 3o Encuentro do Instituto Hemisférico de Performance e Política, realizado em julho de 2002 em Lima, Peru, sob o título Globalização, Migração e a Esfera Pública. ‘Cosmic Blood’ explora o conceito de mestizaje, uma palavra espanhola empregada para descrever a mistura de raças de sangue espanhol e indígena que resultou do colonialismo, a partir de uma perspectiva embasada na história, na cultura contemporânea e na formação racial e da especulação criativa e espiritual sobre o futuro. A performance busca ilustrar os aspectos contraditórios da mestizaje, em que o genocídio e estupro de uma raça levaram à criação de uma nova raça. Além disto, procura redefinir o termo mestizaje, para incorporar as raças mestiças e as identidades queer, revelando identidades subversivas, porém fluidas, e assim desmantelar os binários criados pelas concepções coloniais relativas à raça e ao gênero. Teorias sobre o contato entre civilizações antigas e seres extraterrestres influenciaram a visão da artista performática de uma mestizaje cósmica, em que a iminente transformação do mundo como o conhecemos pode gerar possibilidades para a criação de uma nova existência e modo de ser.
Gigi Otálvaro-Hormillosa, também conhecida como Devil Bunny in Bondage, é uma artista interdisciplinar performática, videomaker, ativista cultural, curadora e percussionista de descendência filipina e colombiana, domiciliada em San Francisco, Califórnia. Ela é originariamente de Miami, Flórida e tem um Bacharelado em Artes (B.A.) da Brown University, onde criou uma concentração independente, entitulada ‘Hibridez e Performance’. Ela atualmente é a Diretora Artística da (a)eromestiza, uma organização de artes interdisciplinar, dedicada à apresentação de obras de vídeo e performances experimentais por pessoas homossexuais ou de cor. Ela tem trabalhado também com organizações sem fins lucrativos como o Proyecto ContraSIDA Por Vida, a New Langton Arts, a Galería de la Raza, o Queer Cultural Center, o Asian American Theater Company e o Asian Pacific Islander Cultural Center. Além disto, tem trabalhado em várias colaborações sob a mentoria e direção de artistas performáticos como Pearl Ubungen, Guillermo Gómez-Peña, Elia Arce e Afia Walking Tree. A sua obra, em performance, vídeo e literatura, tem sido apresentada nacional e internacionalmente. Ela recebeu bolsas de estudos do Franklin Furnace Fund for Performance Art, do San Francisco Art Commission Cultural Equity Grants Program, do Potrero Nuevo Fund Prize e do Zellerbach Family Fund.
Gigi Otálvaro-Hormillosa: Cosmic Blood
Documentação em vídeo da redação do poema ‘La Vida Nueva’ (A Nova Vida) no céu da Cidade de Nova Iorque. Para realizar esta ‘performance-ação’ ou ‘poesia-ação’, cinco aviões traçaram a silhueta das letras com fumaça branca no céu azul. O poema foi escrito em espanhol como uma forma de reconhecimento de todas as minorias, por todo o mundo. As fotografias desta ‘poesia-ação’ estão incluídas no livro ‘Anteparaíso’ (‘Anteparadise’), uma edição bilíngue da University of California Press, 1986.
Raúl Zurita (Santiago do Chile, 1950) é um poeta que, juntamente com outros artistas, criou o grupo CADA, Colectivo de Acciones de Arte, em 1979. O CADA desenvolveu uma arte pública em grandes dimensões ou ‘monumentais’, caracterizada por sua natureza política e como uma forma de resistência contra a ditadura de Pinochet. Dentre os seus livros estão ‘Purgatorio’ (1979), ‘Anteparaíso’ (1982), ‘Canto a su amor desaparecido’ (1985), ‘La Vida Nueva’ (1994), ‘INRI’ (2003) e ‘Zurita’ (2011). Zurita já traçou poemas no céu (Nova Iorque, 1982) e, permanentemente, no deserto do Atacama (Chile, 1993). Ele recebeu as bolsas de estudo Guggenheim e DAAD, da Alemanha, e ganhou prêmios como o Prêmio Pablo Neruda, o Prêmio Nacional de Literatura, no Chile, e o Prêmio José Lezama Lima (Cuba, 2006), dentre outros.
Raúl Zurita: La vida nueva
This category is a temporary repository for holdings by artists and scholars who have contributed work to the HIDVL Digital Library but do not yet have a full profile.
Em ‘Zona de dolor’ (Zona de dor), Eltit posiciona o corpo – o seu corpo – no centro desta ressignificação política e social: ela se corta e se queima e depois vai para um bordel, onde lê parte do seu romance ‘Lumpérica’. O seu corpo mortificado espelha o corpo nacional ferido e estabelece uma conexão entre o individual e o coletivo, entre o privado e o público, expondo a sua fisicalidade, as suas palavras, e a sua voz em comunhão com um espaço que existe à margem das estruturas sociais. Na última parte deste vídeo, a voz de Diamela Eltit acompanha a sua ação de lavar o pavimento em frente ao bordel, derrubando as fronteiras entre as palavras do seu romance, o seu corpo e o espaço habitado por ‘mulheres públicas’. Eltit não somente perturba o espaço de transações sexuais de gênero, mas também propõe uma poderosa reflexão sobre onde a ‘zona de dor’ pode estar locaizada num momento histórico marcado pelo sofrimento e pelas injustiças.
Diamela Eltit é uma eminente artista performática, romancista e crítica cultural chilena. Recipiente de uma bolsa de estudos da John Simon Guggenheim Memorial Foundation e de vários outros prêmios e indicações, Eltit foi membro do aclamado Colectivo de Acciones de Arte (CADA), um grupo ativista chileno de artistas que usavam a performance para desafiar a ditadura de Pinochet no Chile. Ela tem sido uma presença cultural importante ao longo dos anos pós-ditadura por meio da sua participação em jornais como a Revista de Crítica Cultural. Tanto como artista quanto como crítica, o trabalho de Eltit constitui uma contribuição importante para a teoria feminista e para os debates culturais. No ano 2000, ela publicou ‘Emergencias: Escritos sobre literatura, arte y política’, um livro de ensaios que reúne algumas das suas críticas literárias e culturais. A sua obra narrativa inclui ‘Lumpérica’ (1983), ‘Por la patria’ (1986), ‘El padre mío’ (1989), ‘El infarto del alma’ (com a fotógrafa Paz Errázuriz [1994]), ‘Mano de obra’ (2002), ‘Jamás el fuego nunca’ (2007) e, mais recentemente, ‘Impuesto a la carne’ (2010). Tanto individualmnte quanto como membro do CADA, Diamela Eltit foi uma das maiores colaboradoras para a ‘Escena de Avanzada’. O objetivo era representar ‘intervenções na vida cotidiana’, destinadas a interromper e alterar as rotinas normalizadas do dia-a-dia dos cidadãos urbanos, por meio de uma subversão semiótica que tirou do contexto e semanticamente reestruturou os comportamentos, locais e sinais urbanos.
Diamela Eltit: Zona de dolor
O Anti-War, Anti-Empire Cabaret (Cabaré Anti-Império, Anti-Guerra), parte do Encuentro de 2003 – Espetáculos de Religiosidades do Instituto Hemisférico, foi idealizado como um grito hemisférico unificado, reunindo ativistas, artistas e acadêmicos contra os planos de guerra e de construção de um império do governo de Bush. O resultado foi um evento de quase quatro horas de duração, com a atuação de mais de 20 artistas.
Anti-War, Anti-Empire Cabaret
Mélange of music and dance by contemporary Native American and African American performers, presented at the Francisco Nunes theater in Belo Horizonte, Brazil, as a part of the 5th Encuentro of the Hemispheric Institute of Performance and Politics, titled Performing Heritage: Contemporary Indigenous and Community-Based Practices (http://hemisphericinstitute.org/eng/seminar/brazil2005/index.html). This performance brings together four contemporary American performances drawing from the artists' cultural roots: Quetzal Guerrero (Native American violinist and dancer), Larry Yazzie (Meskwaki/ Dine World Champion Fancy Dancer), David Pleasant (African-American Gullah/Geeche percussion and song, performing with dancer Joyah Pugh), and Dancing Earth (Indigenous Modern Dance collective directed by Rulan Tangen, with the participation of Quetzal Guerrero, Anthony Thosh Collins and Alejandro Meraz). Quetzal Guerrero and Thosh Collins open the evening with a traditional chant from the Salt River Pima-Maricopa indian community, followed by Quetzal's original solo violin piece. Larry Yazzie then performs his dazzling powwow Fancy Dance from Tama, Iowa, followed by the energetic and powerful percussion of African American David Pleasant, who draws on rhythms dating back to slavery in the United States. Dancing Earth performs a dance piece about the creation of the earth, and the evening ends with all performers bringing together their traditions--and the audience--on stage. There is also a post-performance discussion with the artists, in which they talk about the origins and meanings of their performances.
Mélange of contemporary American performance (2005)
Entrevista com o Pamyua (2005)
More...
Mélange of music and dance by contemporary Native American and African American performers, presented at the Francisco Nunes theater in Belo Horizonte, Brazil, as a part of the 5th Encuentro of the Hemispheric Institute of Performance and Politics, titled Performing Heritage: Contemporary Indigenous and Community-Based Practices. This performance brings together four contemporary American performances drawing from the artists' cultural roots: Quetzal Guerrero (Native American violinist and dancer), Larry Yazzie (Meskwaki/ Dine World Champion Fancy Dancer), David Pleasant (African-American Gullah/Geeche percussion and song, performing with dancer Joyah Pugh), and Dancing Earth (Indigenous Modern Dance collective directed by Rulan Tangen, with the participation of Quetzal Guerrero, Anthony Thosh Collins and Alejandro Meraz). Quetzal Guerrero and Thosh Collins open the evening with a traditional chant from the Salt River Pima-Maricopa indian community, followed by Quetzal's original solo violin piece. Larry Yazzie then performs his dazzling powwow Fancy Dance from Tama, Iowa, followed by the energetic and powerful percussion of African American David Pleasant, who draws on rhythms dating back to slavery in the United States. Dancing Earth performs a dance piece about the creation of the earth, and the evening ends with all performers bringing together their traditions--and the audience--on stage. There is also a post-performance discussion with the artists, in which they talk about the origins and meanings of their performances.
Mélange of contemporary American performance (2005)
Luisa Calcumil's 1987 solo show, Es bueno mirarse en la propia sombra is a plea for the preservation of Mapuche indigenous culture in the face of the homogenizing forces of globalization.
The play opens with Calcumil's voice in the dark, introducing herself in the Mapuche language as 'a person of the earth.' We then see her as a grandmother singing in Mapuche and being killed by white invaders who destroy indigenous land and build nuclear dumps. Next is the story of Julia and her mother: in dire financial straits, Julia's mother is forced to send Julia to work in the city as a maid. After many years, she goes back for her, only to find out she?s left her job and given birth to a boy. Calcumil then transforms into Julia, dancing to pop music, wearing flashy clothes. Julia constantly tells herself, 'You're so beautiful, Julia!' 'Why think?' 'Your skin is whiter!' She wants to forget she was raped, forget where she came from, forget she is Mapuche. But even as she calls herself Julie and gets a Western education, her dead grandmother appears in her dreams singing traditional songs, relentlessly reminding her that she can't deny her roots.
This video documents Calcumil's performance at the Teatro da Cidade in Belo Horizonte, Brazil, as a part of the 5th Encuentro of the Hemispheric Institute of Performance and Politics, titled Performing Heritage: Contemporary Indigenous and Community-Based Practices
Es bueno mirarse en la propia sombra (2005)
Arctic's (from Alaska and Greenland) performance group Pamyua reinterprets modern traditions of the Inuit and Yup'ik Eskimo through storytelling, music and dance. Pamyua performs Yup'ik danced stories that portray the traditions of the Yup'ik culture in Southwestern Alaska. The quartet also harmonizes ancient and original music that redefine the boundaries of Inuit expression. Pamyua's mixes R&B, jazz, funk, and world music to create a unique new native style. The performances are very dynamic, ranging from traditional dances to Tribalfunk dances—worldmusic.
Additional Links
Pamyua in Concert (2005)
Interview with Pamyua (2005)
Pamyua on 2005 Hemispheric Institute Encuentro Website