Julgamento Final

ATRIBUIDA A ANDRÉS DE OLMOS (MEXICO, SÉCULO XVI)
TRADUÇÃO DE JOHN J. CORNYN E BYRON MCAFEE

 

Esta peça inspiradora do teatro de catequese, que recorre às  convenções dos autos religiosos medievais, teve como objetivo servir de ‘exemplo’ do destino apavorante que aguardava o povo indígena que falhasse em não levar uma vida devota como bons católicos. E ainda, o que ela revela é uma batalha complexa entre dois sistemas opostos de crença: apesar de parecer que tenha sido escrita por um frei Franciscano, foi encenada na língua Nahuatl pelos atores indígenas e incorpora muitos dos símbolos e práticas performáticas do povo mexicano. Julgamento Final é um ‘exemplo’ de repressão, mas também de transformação e regeneração.