O Camp
GRISELDA GAMBARO (ARGENTINA, 1967)
TRADUÇÃO DE MARGARET CARSON
Quando Martin aparece no seu novo emprego numa empresa não identificada, ele, de imediato, desenvolve um sentimento de inquietação: o diretor, que se chama Franco, usa um uniforme nazista -- ostensivamente por diversão -- e sua companheira Emma age como uma diva, mas tem a cabeça raspada e um número tatuado no braço. Atraído pelo ir fazendo o jogo com a idéia de ‘como se’ do que vê ao redor, Martin se recusa a reconhecer as intimações fora do palco até o momento em que é tarde demais. Este drama, escrito por uma das dramaturgas mais reconhecidas da América Latina, oferece uma visão profética da Guerra Suja (1976-1983) na Argentina, quando trinta mil pessoas foram assassinadas pelo regime militar.